Situada no estuário do rio Tejo, Lisboa é uma das cidades mais antigas da Europa Ocidental e a segunda capital mais antiga do continente europeu.
Foi habitada por vários povos, pré-celtas e celtas durante a Idade do Ferro, gregos, fenícios, cartagineses, romanos, suevos, visigodos, mouros e cristãos.
Em 2000 aC, já havia habitantes na região montanhosa de Lisboa chamada Serra de Monsanto. Mais tarde, os navios da Grécia antiga e Fenícia subiam o estuário do Tejo e não podemos descartar a probabilidade de etimologia fenícia que se encontra na palavra "Lisboa" (Alis Ubbo – cujo significado é porto seguro ou enseada amena).
Lisboa foi ocupada pelos Romanos e, em 205 a.C., foi elevada ao estatuto de município sob o nome de Felicitas Julia Olissipo.
Se o desenho inicial de Lisboa é romano, as pecularidades mais características dos bairros mais antigos da cidade são, sem dúvida, árabes: o complexo labiríntico de ruas e becos, as pequenas praças, as casas acumulando-se umas às outras entre as ruas estreitas, onde a circulação é feita com grande dificuldade.
Após a conquista cristã pelas tropas do Rei Afonso Henriques, em 1147, a cidade continuou o seu crescimento. O Rei Afonso III elegeu Lisboa como a capital portuguesa em 1256. Ao longo dos séculos, as principais características de Lisboa sempre estiveram intimamente ligadas ao rio Tejo. Hoje, tal como ontem, grande parte da agitação diária da cidade está localizada junto ao rio.
A nossa dica
Podemos visitar alguns vestígios dos antepassados de Lisboa no Teatro Romano na Rua da Saudade, que faz parte do Museu de Lisboa e no núcleo Arqueológico na Rua dos Correeiros. Neste podem observar-se vestígios da indústria de garum (pasta de peixe) do tempo dos Romanos e vestígios das fundações de casas Fenícias.
Pode-se também visitar o museu da Cidade no Campo Grande A sua coleção apresenta em exposição permanente a história da cidade de Lisboa, desde os tempos pré-históricos, passando pelos Romanos, os Visigodos e os Mouros, até aos nossos dias. Conta com azulejos, desenhos, pinturas, maquetas e documentos históricos.
Lisboa na Era dos Descobrimentos
Depois de ter reafirmado a independência de Portugal durante os tempos de crise profunda (guerras com Espanha), D. João I iniciou o processo da expansão portuguesa ao ordenar, em 25 de Julho de 1415, a partida do Tejo da armada que conquistou Ceuta. Mais tarde, navegadores partiram das mesmas águas à descoberta de “novos mundos do Mundo”, de entre os quais sobressai o mais célebre: Vasco da Gama. Ao abrir o caminho marítimo para a Índia entre 1497 e 1499, Vasco da Gama iniciou uma nova época nas relações entre o Ocidente e o Oriente. A abertura que os portugueses promoveram, devido às iniciativas do infante D. Henrique e dos reis D. João II e D. Manuel, ficou simbolizada em dois dos mais emblemáticos monumentos de Lisboa: o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém.
Nos inícios do século XVI, graças aos lucros ultramarinos e a uma política centralizadora, Lisboa assumiu um lugar de destaque na economia global que então surgia. D. Manuel deixou a sua marca na cidade de forma indelével, quer através da formação de um centro de poder em torno do Paço da Ribeira e do Terreiro do Paço (onde chegavam os produtos do mundo). A Lisboa do período manuelino viveu então uma das fases mais notáveis da sua história quando se abriu aos oceanos e foi marcada pelo exotismo dos testemunhos das muitas culturas então descobertas. Lisboa tornou-se um dos principais centros do comércio mundial.
A nossa dica
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